sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

2º Conferência Nacional LGBT

DIREITOS HUMANOS
Alagoas apresenta proposta na 2ª Conferência Nacional LGBT

Ao todo, 25 propostas foram aprovadas para encaminhamento ao Novo Plano Nacional de Enfrentamento à Homofobia
19/12/2011 15:36


por Gabriela Moreira
 Com o tema ‘Por um País livre da pobreza e da discriminação, promovendo a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais’, a 2ª Conferência Nacional LGBT reuniu cerca de mil pessoas em Brasília. Por meio da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Alagoas levou ao evento 16 delegados, seis do poder público e dez da sociedade civil, para, representando o Estado, discutir e reivindicar as políticas públicas que serão encaminhadas ao Plano Nacional de Política LGBT.

O foco de necessidade das propostas alagoanas eram as melhorias em saúde, segurança e educação. “Tivemos 25 propostas aprovadas para encaminhamento ao Novo Plano Nacional de Enfrentamento à Homofobia. Este novo plano será mais eficaz, pois têm prazos [curto, médio e longo], o que traz maiores benefícios a comunidade LGBT”, informou a gerente de Diversidade Sexual e representante da Secretaria da Mulher em Brasília, Rafael Gomes.

Para os representantes dos diversos segmentos LGBT, a restauração do texto original que criminaliza a homofobia, com projeto de lei semelhante ao que rege os crimes de racismo e antissemitismo, foi uma das principais metas. O texto atual, da relatora Marta Suplicy (PT-SP), recebeu críticas por não ser específico.

“A nova versão não deixa claro que os atos de homofobia são tipificados no Código Penal. Os movimentos entendem que o substitutivo é genérico e cria dificuldade para os juízes interpretarem os casos de homofobia como crimes”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o coordenador-geral dos Direitos LGBT da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Gustavo Bernardes.

Outro assunto bastante discutido e motivo de protesto na abertura da conferência foi a distribuição do kit anti-homofobia nas escolas. “Queremos a distribuição imediata do kit para construir a ‘escola sem homofobia’”, disse Rafael Gomes. Ainda de acordo com o gerente de Diversidade Sexual, a população LGBT aproveitou a oportunidade para pedir à presidenta Dilma Rousseff que não tratasse a homossexualidade apenas pela visão religiosa. “Afinal, o Brasil é um Estado laico”, explicou Gomes.

Presidida pela ministra Maria do Rosário, a conferência nacional foi uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e contou com a participação de todos os estados da federação. Durante o evento, a ministra definiu 2011 como um ano marcante na luta pelos direitos LGBT, principalmente na decisão unânime do Supremo Tribunal Federal em reconhecer a união estável homoafetiva.

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